O que é o sistema S, de Sesc e Sesi, e por que sua verba causa polêmica

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O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que deverá “meter a faca” no Sistema S durante almoço com empresários e políticos na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) na última segunda-feira (17).

O sistema inclui entidades como Sesc, Sesi e Senai. O argumento é que a entidade deverá se adequar à lógica de corte de custos do próximo governo. “Tem que meter a faca no Sistema S.

Vocês acham que a CUT [Central Única dos Trabalhadores] perde sindicatos, e aqui continua tudo igual, com almoço bom?”, questionou o futuro ministro, em referência ao fim da obrigatoriedade da taxa sindical, aprovada na Reforma Trabalhista.

Segundo Guedes, os cortes podem ser entre 30% e 50% do repassado atualmente. Marcos Cintra, economista que vai comandar a secretaria especial da Receita Federal, confirmou a informação em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Especialista ouvido pelo UOL avalia que o sistema faz parte da sociedade e deverá passar também pelo regime de cortes, o que é preciso, no entanto, é entender qual o atual impacto social do Sistema S para avaliar melhor esta medida. Entidades dizem que possíveis cortes terão impactos sociais relevantes.

O que é o Sistema S O chamado Sistema S é o conjunto de instituições corporativas voltadas a treinamento profissional, pesquisa e assistência técnica e social. Ao todo, são nove instituições (todas iniciadas com S -daí o nome), estabelecidas pela Constituição Federal, cada uma voltada a uma área de atuação, como indústria, comércio, agronegócio e cooperativismo.

Cada órgão de serviço tem seu nicho e objetivo. Dois tratam da indústria: o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mais antigo deles, voltado à qualificação de mão de obra, e o Sesi (Serviço Social da Indústria), voltado ao aperfeiçoamento do ambiente de trabalho.

// Fonte: Uol