Novo ministro defende idade mínima nas aposentadorias

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Miguel Torres, presidente da Força Sindical, defende que seja feito um “raio-X completo”, de todos os problemas da Previdência Social antes de discutir mudanças de regras.

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou ontem que o governo deve enviar ao Congresso Nacional, no começo do ano que vem, uma proposta de criação de uma idade mínima para as aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Segundo ele, nos últimos meses, vários ministérios têm trabalhado em uma proposta de reforma da Previdência.

“Esperamos consolidar e terminar essa proposta no começo de 2016 e poderemos mandar para o Congresso as leis e a emenda constitucional no começo do próximo ano”, disse.

Durante a cerimônia de posse, a presidente Dilma Rousseff admitiu a necessidade de aprovar reformas, entre elas a previdenciária, e disse que o governo dialogará para conseguir a aprovação das medidas necessárias.

Duas propostas estão sendo analisadas.

Uma delas seria transformar a fórmula 85/95 na única opção para o trabalhador se aposentar por tempo de contribuição.
A pontuação exigida aumentaria com o tempo.

A outra seria criar uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. Segundo o ministro, essa idade mínima aumentaria de tempos em tempos, acompanhando o aumento da expectativa de vida.

O tempo mínimo de contribuição das seguradas pode subir de 30 para 35 anos. As mudanças, se aprovadas no Congresso, igualaria as regras para ambos os sexos.

Os cálculos econômicos já foram feitos para as duas opções e o governo está decidindo o que fazer.

Sindicato é contra limitar benefícios

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Carlos Andreu Ortiz, afirmou que a categoria é contra a criação de uma idade mínima para as aposentadorias.

“O 85/95 foi feito para evitar essa mudança. O governo ainda colocou a regra que aumenta a pontuação, ou seja, é uma espécie de idade mínima sendo estipulada. O que eles querem há muito tempo é tentar igualar ou diminuir a diferença entre homens e mulheres”, diz.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, defende que seja feito um “raio-X completo”, de todos os problemas da Previdência Social antes de discutir mudanças de regras.

Fonte: fsindical.org.br