Reforma da Previdência: Centrais iniciam debate hoje com o governo

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Será elaborada uma proposta em até trinta dias, mas a Força Sindical já deixou claro que não aceita mexer nos direitos adquiridos.

Será realizada hoje, 18, às 9 horas, em Brasília, a primeira reunião do grupo de trabalho formado por representantes das Centrais Sindicais e o governo para discutir a Previdência Social e apresentar uma proposta em até trinta dias. “Não vamos aceitar mudanças nos direitos adquiridos de quem está no mercado de trabalho. Temos propostas e queremos debatê-las, mas sem a retirada de direitos”, afirmou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade-SP.

Paulinho quer debater a Previdência por fatias. Segundo ele, “a Previdência do setor privado não tem problema, já a do setor rural tem rombo oriundo dos anos 80, assim como a Previdência do setor público”.

A criação do grupo de trabalho foi acertada entre sindicalistas e o presidente Michel Temer durante reunião realizada no dia 16, no Palácio do Planalto, junto com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

Pela Força Sindical vão integrar o grupo de trabalho o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, Juruna, e o presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini.

As Centrais já deixaram claro ao governo que não aceitam a fixação da idade mínima para aposentadoria. Na 6ª feira a Força divulgou uma nota oficial considerando estapafúrdia a ideia de implantar a idade mínima. “É inaceitável, pois prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças na Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores”, diz a nota.

De acordo com a nota, a regra 85/95 progressiva, implantada por Dilma, vai dificultando cada vez mais a aposentadoria. Esta fórmula torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com idade inferior a 65 anos.

Fonte: fsindical.org.br