Seminário discute desafios e resistência dos movimentos sociais

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Por Assessoria de Imprensa  | Fotografia: Taiana Marques

Analisar a atual situação política do Brasil não é tarefa fácil. Esse foi o desafio apontado pelo seminário “Análise de Conjuntura” organizado pela Escola de Formação Quilombo dos Palmares (Equip). O evento ocorreu entre os dias 28 e 30 de julho no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev, em Recife (PE).

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“A conjuntura brasileira e seus impactos sobre as lutas sociais” foi o tema que deu início ao debate ocorrido no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. O represente da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, José Antônio Moroni, fez um histórico das lutas populares desde a época da escravidão. Para ele, apesar das lutas sociais que garantiram direitos fundamentais para a classe trabalhadora, nunca houve ruptura do modelo de escravização que se mantem até os dias atuais em nosso país.

Em seguida, Betânia Ávila, do Instituto Feminista pela Democracia, falou sobre a necessidade de retomar as ruas para combater o governo golpista e, ao mesmo tempo, fortalecer as lutas dos movimentos populares em defesa dos direitos.

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No sábado, dia 29, o seminário apresentou um resumo do debate ocorrido na noite anterior. Na ocasião, os representantes da Frente Brasil Popular, Carlos Veras, e da Frente Povo Sem Medo, Juliana Vitorino, participaram da mesa de debates sobre os desafios para enfrentar os retrocessos.

Na ocasião foi feita uma exposição sobre os desafios das diversas frentes de lutas para mobilizar e organizar os movimentos sociais diante da atual conjuntura brasileira.

Logo após, Silvia Dantas, do Fórum de Mulheres de Pernambuco, fez uma análise sobre as mobilizações e as dificuldades enfrentadas pelos movimentos sociais.

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RODAS DE DIÁLOGOS

A educação popular, comunicação, cultura, democracia, o direito à terra, foram temas que levaram as diversas rodas de diálogos a debater e pensar sobre propostas e práticas para o fortalecimento do movimento sindical e popular.

Durante os três dias de seminário representantes de sete estados da região Nordeste participaram de importantes debates sobre a tal conjuntura em que meteram o nosso país. A diversidade dos movimentos presentes, como mulheres, LGBT, quilombolas, indígenas, coletivo de moradia, economia solidária, pastorais, religiosos de matriz africana, trabalhadores rurais e juventude, que enfrentam questões como machismo, homofobia, racismo e retirada de direitos, discutiram e apontaram encaminhamentos para enfrentar os desafios e construir a resistência com muita luta.

1404O evento foi encerrado com a exibição do filme “Demarcação, já!”

→Confira imagens do seminário: